Vanessa Vignati
Comemorando o terceiro melhor ano da história na América Latina em 2012, a Volvo Construction Equipment Latin America divulgou que a marca estima um crescimento entre 3% e 5% para 2013. E o Brasil, que representou 67% das vendas do período, está recebendo investimentos do grupo sueco.
No final de janeiro, a empresa anunciou a transferência da linha de produção de retroescavadeiras da fábrica de Tultilán, no México, para a planta de Pederneiras, interior de São Paulo, e a fabricação de escavadeiras da marca SDLG no mesmo local.
Com um investimento inicial de US$ 20 milhões, divididos entre ambos os projetos, a empresa explicou que as operações fabris da Volvo CE e da SDLG serão independentes. O complexo em Pederneiras, que atualmente conta com 700 funcionários, prevê um acréscimo de 20% nos postos de trabalho.
A Volvo CE esclarece que esta decisão de transferir a linha de produção de retroescavadeiras BL60B e BL70B do México para uma instalação recém-ampliada na planta de Pederneiras, possibilitará a racionalização da produção e o ganho de eficiência de escala, reforçando o abastecimento de máquinas para todo o continente americano.
A produção regular, com início previsto para janeiro de 2014, deverá ser de quatro a sete unidades por dia. “Mas claro que o volume de produção será ajustado conforme os pontos forem ocorrendo”, explica o presidente. Os modelos serão os mesmos fabricados em Tutitlán, mas com algumas alterações para atender o mercado nacional.
Sócia majoritária da SDLG, marca da chinesa Shandong Lingong Machinery, a Volvo CE afirma que mesmo dividindo igual terreno da unidade fabril em Pederneiras, as marcas não competem entre si. “Cada uma vai atuar no seu segmento. São tecnologias diferentes. A SDLG oferece o “Simple Tech”,menor grau de tecnologia embarcada e está crescendo mais que o mercado fabricante de máquinas de alto grau”, explica o presidente da Volvo CE LA. A fabricação dos modelos SDLG estão previstos para o segundo semestre deste ano.
Mercado
A Volvo CE informa que para este ano o mercado de construção continua sendo o grande impulsionador de negócios. Mesmo assim, o presidente da companhia na América Latina, Afrânio Chueire, disse estar confiante sobre projetos voltados à mineração. “Os investimentos neste setor também estão atrativos”, afirma. E provando as suas expectativas, Chueire comunicou o lançamento no Brasil de carregadeiras L250G, única do mercado na categoria de 35 t. Um dos diferenciais do produto é a cinemática de barra Z.
Para o presidente da marca, o mercado está competitivo. “Há cinco anos, existiam apenas cinco fabricantes globais no Brasil, e atualmente este número dobrou”, cita. De acordo com Chueire, isso está ocorrendo devido a diversos fatores, dentre eles, o Programa de Investimento em Logística, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o desenvolvimento urbano, obras para a Copa do Mundo e Olimpíada, e também obras de infraestrutura das iniciativas pública e privada, oportunidade de financiamento pelo Finame e o desempenho do setor de mineração.
Fonte: Padrão