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Essa é a opinião do presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em entrevista à rádio CBN.
De acordo com Rodrigues, o mecanismo é simples: o governo, por meio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), calcula os custos de producão dos produtos agrícolas anualmente, estipula uma margem de lucro pequena e estabelece um preço mínimo, que será pago ao produtor no final da colheita. “Se os preços caírem abaixo desse valor mínimo, o governo intervém.
Pode comprar, pagar a diferença, financiar, a PGPM prevê várias formas de negociação”, diz. Para o ex-ministro, trata-se de um método que equilibra o mercado.
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“É uma forma de balisamento, não é um subsídio (como o americano, por exemplo)”, afirma.
Os resultados, segundo Rodrigues, são imediatos. Primeiro, os bancos, “que ficariam mais dispostos a financiar os agricultores, pois teriam mais segurança na operação de crédito” (o ex-ministro diz que os bancos privados, apesar do governo ter liberado dinheiro para a agricultura, preferiram, por conta da crise, investir em títulos do tesouro, que são mais seguros). O outro ponto é que a safra de 2009/2010 deixaria de ser uma “aventura” incerta. “Seria uma oportunidade na crise, pois teríamos uma boa safra quando, por conta da instabilidade mundial, os outros países produtores estão reduzindo a produção”, disse.
Os recursos viriam do orçamento do Ministério da Agricultura.
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Fonte: Estadão