Arco Metropolitano do Rio começa a sair do papel

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Iniciadas as obras do sistema viário, com 145 km de extensão e orçamento de R$ 928 milhões, que poderá mudar a logística da Região Metropolitana do Rio de Janeiro,
O dia 12 de maio marcou início da realização de um projeto que há décadas habita o fundo das gavetas de políticos e gestores do transporte metropolitano no estado do Rio de Janeiro. Nesse dia o presidente Luis Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral assinaram a ordem de serviço autorizando o início das obras do Arco Metropolitano, sistema viário que vai ligar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, ao Porto de Itaguaí, atravessando a Baixada Fluminense.

No total, o Arco Metropolitano terá 145 km, atravessando os municípios de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí. Desse total, 74,1 km são de rodovias já existentes e 70,9 km de trechos a serem construídos.

O empreendimento, está orçado em R$ 928 milhões. Do valor total, R$ 700 milhões serão investidos pelo Governo Federal por meio do Dnit, e os R$ 228 milhões restantes serão aplicados pelo Governo do Estado, como contrapartida.

O primeiro trecho compreende 25 km da BR-493, que vai do entroncamento com a BR-101, em Manilha, ao entroncamento com a BR-116, na localidade de Santa Guilhermina. Este trecho será duplicado pelo Dnit para integrar o Arco Metropolitano .

O segundo trecho, da BR-116, com 22 km, vai do entroncamento com a BR-040 em Saracuruna, distrito do município de Duque de Caxias, ao entroncamento com a BR-493, em Santa Guilhermina, e já pronto.

O terceiro trecho é o que precisará ser construído. Com 70,9 km, ele vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí, na BR-101, cortando as rodovias BR-040, BR-465 (antiga Rio-São Paulo), BR-116 (Via Dutra) e BR-101 (Rio-Santos).

O quarto trecho, de 22 km, fica na BR-101 (Rio-Santos), indo de Itacuruçá à Avenida Brasil (na altura de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio), está sendo duplicado pelo governo federal.

Disputa acirrada

Para efeito de execução, o trecho a ser construído foi dividido em quatro lotes de obras, licitados separadamente. De acordo com o edital de licitação, eles têm de ser construídos por quatro consórcios ou empresas distintas. Cada grupo não poderia ficar com mais de um lote. O processo foi iniciado com a participação de 35 empresas agrupadas em 18 consórcios. A escolha foi pelo menor preço.

O consórcio Odebrecht/Andrade Gutierrez foi o vencedor da disputa para a construção do Lote 1, que vai do km 48,5 ao km 63, com extensão de 14,5 km.

O Lote 2, do km 63 ao km 82,6, com 19,6 km de extensão, ficará a cargo do consórcio Carioca/Queiroz Galvão. Já o consórcio OAS/Camargo Correa construirá o Lote 3, que começa no km 82,6 e termina no km 99,5, com extensão de 16,9 km. O Lote 4, do km 99,5 ao km 119,4, com 19,9 km de extensão, foi vencido pelo consórcio Delta/Oriente.

Nova logística

O governador Sérgio Cabral destacou a importância do investimento para o Estado do Rio de Janeiro, ao longo dos próximos anos, e o seu grande potencial de geração de empregos.
“O Rio de Janeiro é o estado da logística. Temos aqui o Porto do Rio, o Porto de Itaguaí, o Aeroporto Internacional do Galeão e agora vamos ter o Arco Metropolitano”, frisou o governador.

Para o secretário de Transportes, Julio Lopes, o empreendimento irá resgatar 30 anos de atraso. “Considero esse projeto uma das obras de infra-estrutura mais importantes do estado, na medida em que vai facilitar a circulação de bens, mercadorias e pessoas, permitindo um salto na economia de toda a região metropolitana. O Arco Metropolitano completa uma nova perspectiva de logística para o Rio de Janeiro, que ganha competitividade no cenário nacional e internacional como um grande pólo gerador de benefícios econômicos”, afirmou o secretário.

Fonte: Estadão


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