Com o içamento do “balão de vapor” da caldeira de recuperação, realizado na última semana, a Suzano concluiu a montagem da estrutura metálica que é a peça-chave da nova fábrica que a empresa está construindo em Ribas do Rio Pardo (MS) e que faz parte do Projeto Cerrado.
Chamada também pelos engenheiros de “tubulão da caldeira”, essa estrutura é considerada um dos equipamentos essenciais do projeto, responsável por concentrar todo o vapor gerado na caldeira de recuperação e encaminhá-lo ao processo de geração de energia elétrica da unidade. Em seguida, o vapor é distribuído para as áreas da fábrica que o utilizam, como digestor, evaporação e máquinas de secagem da celulose. O balão é a peça mais pesada de toda a montagem da fábrica: 312 toneladas, o que equivale ao peso de mais de 11 jatos Boeing 737-800.
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Fabricada em Shangai, na China, a peça possui quase 30 m de comprimento, o equivalente a oito carros compactos enfileirados, e precisou de 99 dias para ser transportada desde o local de fabricação até Ribas do Rio Pardo, considerando as etapas marítima e terrestre. Dentro do canteiro de obras, a instalação exigiu o trabalho simultâneo de dois guindastes gigantescos, com capacidade para levantar 750 t cada um, que içaram o balão a 95 m de altura.
Com a estrutura metálica de 9 mil t finalizada e o balão de vapor instalado, inicia-se agora a fase da montagem dos equipamentos internos da caldeira de recuperação, como dutos, fornalhas e lavador de gases. Estrutura essencial de uma fábrica de celulose, a função da caldeira é recuperar químicos utilizados no processo de produção e gerar vapor, que é transformado em eletricidade.
“Concluímos uma etapa muito importante da construção da fábrica, a caldeira de recuperação, que é o coração de uma fábrica de celulose. Estamos muito motivados com o avanço na direção correta e com tranquilidade para a sequência da construção da fábrica”, afirmou, em nota, Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.
Para a Andritz, parceira da Suzano no projeto, a montagem da estrutura representa a virada de foco para a complementação da montagem eletromecânica e posteriormente o início da fase de comissionamento e partida da planta no próximo ano.
“A operação foi planejada desde o início do projeto, passando pelas fases de engenharia, compras, fabricação, transporte marítimo da China até o porto de Santos e terrestre até o site em Ribas do Rio Pardo.
Trata-se do maior içamento da fábrica por meio de uma operação complexa envolvendo dois dos maiores guindastes do Brasil e grande empenho dos times do projeto”, revelou, no comunicado, o diretor de Projetos da Andritz, Joel Starepravo.
O Projeto Cerrado da Suzano compreende a construção da maior fábrica de celulose em linha única do mundo.
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Com investimento de R$ 22,2 bilhões, a unidade entrará em operação no segundo semestre de 2024.