Bovespa volta a subir durante a tarde

A Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu recuperar o sinal positivo nesta tarde, depois de chegar a cair 1,42% no pior momento do dia, quando voltou à casa dos 35 mil pontos. Às 15h58, o Ibovespa – principal índice do mercado paulista de ações – avançava 0,76%, aos 36.509 pontos. O mercado paulista abriu o pregão em alta, mas passou a cair acompanhando os mercados de Nova York, influenciados pelo ambiente negativo e pelas palavras do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Ben Bernanke.

Em depoimento ao comitê de Orçamento do Senado, Bernanke disse que a situação bancária não foi estabilizada e que está irritado com o fato de o governo federal ter sido forçado a resgatar a seguradora AIG. O presidente do Fed afirmou ainda que os recentes indicadores econômicos de curto prazo mostram pouco sinal de melhora, citando o aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego desde meados de janeiro, que "sugere que as condições do mercado de trabalho podem ter piorado nas últimas semanas".

Entre as ações que puxam o índice para cima nesta tarde estão as da Vale, que subiam 2,81%. Os papéis da mineradora encontram alento na decisão do Citigroup de nomear os ADRs da Vale e as ações da rival Rio Tinto como top pick entre as cinco grandes mineradoras globais. Segundo relatório de ontem do analista Johan Rode, entre as cinco grandes do setor (BHP, Anglo American, Xstrata, Vale e Rio Tinto), a mineradora brasileira será a mais afetada pela crise mundial em 2009, em razão dos investimentos realizados para aumentar a produção de metais básicos para atender a indústria siderúrgica. A partir de 2010, no entanto, esse aumento de produção passado fará da Vale a mineradora mais capacitada a aproveitar os benefícios da retomada da demanda.

Já as ações da Petrobras recuavam 0,08%, num dia de indefinição no mercado de petróleo. O preço da commodity subiu mais cedo, mas iniciava a tarde de lado nas negociações em Nova York. Os analistas avaliam as chances de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciar um novo corte de produção em uma reunião agendada para o dia 15 deste mês, em Viena.

Fonte: Estadão

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