As sondagens de empresas estrangeiras interessadas em investir no Brasil estão se multiplicando desde o início do ano.
Apesar de não indicar que os investimentos vão se concretizar no curto prazo, o movimento mostra que empresas estrangeiras de variadas origens e ramos de atividade consideram o Brasil um dos destinos mais seguros do planeta para aportar o seu capital, apesar da crise global. Em vários casos, até mesmo por causa da crise, já que o país, aos olhos estrangeiros, estaria oferecendo estabilidade e potencial de retorno (o que não ocorre com potências e outros emergentes).
Estão na pauta dos estrangeiros interessados no país representações comerciais, joint ventures, abertura de fábricas ou simplesmente exportações, entre outros negócios. Atraídas pela estabilidade econômica e pelo mercado interno brasileiros, somente nos três primeiros meses deste ano, o número de pequenas e médias empresas alemãs que sondaram a possibilidade de vir para o Brasil correspondeu a quase 40% dos contatos feitos durante todo o ano passado.
Na Câmara Americana de Comércio (Amcham), instituição que recebe delegações interessadas em aportar seu capital no Brasil provenientes não só dos Estados Unidos, mas de países do mundo inteiro, apesar de não haver um levantamento do número de consultas, a impressão é de que o interesse pelo Brasil aumentou este ano em comparação com o ano passado. “Sentimos que o interesse das empresas de capital internacional no país é até maior do que o de 2008”, atesta o executivo sênior em assuntos internacionais e responsável pela área de economia e finanças da entidade em Minas, Luiz Felipe Gonzaga Machado.
Além dos bons fundamentos da economia brasileira, do potencial de consumo interno e da regulação do mercado financeiro, a queda nas taxas de juros básicos da economia (Selic), hoje em 10,25% ao ano pela primeira vez na história, é outro atrativo importante para os investidores. “Isso favorece a entrada de capital de longo prazo no país”, observa Machado.
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Em 2008, a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha identificou 10 potenciais parceiros brasileiros para empresas alemãs que entraram em contato com a instituição. Somente de janeiro a abril deste ano já foram encontrados seis possíveis parceiros comerciais no Brasil nas áreas de válvulas, máquinas e equipamentos para energias renováveis (com destaque para o etanol), eletroeletrônico e médico-hospitalar. “O aumento do interesse é explicado pela crise econômica mundial, que faz com que as empresas alemãs busquem novos mercados. Para elas, o Brasil é atraente”, diz Weber Porto, presidente da instituição.
Consultas
Entre janeiro e março, 1,9 mil consultas sobre a viabilidade de negócios chegaram da Alemanha ao escritório da Câmara, ante 5 mil durante todo o ano passado. Weber lembra que a Siemens acaba de anunciar investimentos de US$ 600 milhões em novas plantas, linhas de produção e infraestrutura própria no Brasil nos próximos quatro anos.
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A Bayer também anunciou aportes de R$ 140 milhões este ano para expansão de três fábricas (São Paulo, Rio Grande do Sul e Porto Rio de Janeiro).
A Claro, segunda maior operadora de celular do Brasil, controlada pelo grupo mexicano América Movil, segundo no ranking da América Latina, também deverá continuar a investir. A empresa não viu sinais de desaquecimento no consumo até abril e pretende elevar os investimentos este ano no país no ritmo em que cresce a base de clientes. Para João Cox, presidente da empresa, a base de usuários vai se manter em crescimento.
Crise oferece oportunidades de investimentos em logística
O Brasil e o Ceará devem aproveitar a crise e investir na infra-estrutura portuária para estarem preparados a ampliar as relações com o comércio exterior quando a economia retomar seu crescimento. A dica é do consultor, Klaus Meves, ex-presidente da Hamburg Sud, que ministrou, ontem, palestra sobre o tema, durante o II Seminário Interno de Logística Portuária, que segue até hoje, em Fortaleza.
Segundo ele, a redução significativa dos volumes operados nos portos brasileiros deu um certo alívio na infra-estrutura. ´Temos que aproveitar esse respiro proporcionado pela crise para investir´, reforça Meves, para quem a retração econômica deve se manter até o próximo ano. ´Minha expectativa é que não teremos recuperação real até 2011´, estima.
Na opinião do consultor, no Ceará, os gargalos não devem persistir em função dos ´investimentos tremendos´ que estão sendo feitos no Pecém.
Competitividade
De acordo com Meves, num país de dimensões continentais como o Brasil, para que as exportações sejam competitivas é preciso que o governo também esteja atento a outros entraves como a burocracia e a complexa estrutura tributária. ´O movimento de cargas entre os estados é muito difícil. Parece que estamos na Alemanha de 1866. É necessário um tipo de tributação simplificado para facilitar o processo, um tipo de IVA´, exemplifica.
Em relação ao panorama mundial, Klaus Meves lembrou que os portos do mundo hoje encontram-se em média com 20% da capacidade ociosa. Outra tendência do transporte maritmo, com a crise, é a utilização de embarcações maiores. ´Grandes embarcações necessitam do mesmo número de tripulantes de um barco pequeno. E quando estão cheias, o transporte se torna muito mais compensador. Por isso navios com capacidade em torno de 2.500 TUs estão perdendo a importância´.
Segundo ele, na Hamburg Sud 34% das embarcações tem menos de quatro anos.
´A vida útil de uma embarcação é 40 anos. As menores tendem a virar sucata porque são as mais velhas, com mais de 20 anos´. A expectativa da companhia para 2009 é movimentar 2,8 milhões de TUs´, estima o consultor.
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Fonte: Estadão