A Logos possui atualmente cerca de 30 projetos em carteira, espalhados em todo o País. Sua sede é em São Paulo, mas tem diversas filiais, situadas no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Luís, Brasília e Vitória, que apóiam os escritórios dedicados aos projetos. Comunicação é palavra-chave para o desenvolvimento de um bom trabalho, o que implica em muitas visitas dos diretores aos gerentes e uso intenso de telecomunicações e internet. “Nosso profissional precisa ter certo gosto pela vida nômade. Isso é importante na cultura da empresa”, diz Fernando da Costa Cattapan, diretor-técnico da Logos Engenharia. Os profissionais que atuam em gerenciamento em sua maioria são engenheiros (80% a 90%), além de arquitetos, economistas e administradores de empresa. Esses profissionais possuem experiências variadas. Alguns atuam em fiscalização de obras, outros em inspeção de fornecimentos, planejamento e controle, etc. Os gerentes dos projetos geralmente são profissionais com muitos anos de casa, normalmente mais de 10, e se cercam de especialistas de diversas áreas. As equipes não possuem sempre a mesma formação, evitando assim vícios de estrutura. Novos profissionais geralmente costumam participar de vários projetos antes de assumir algum posto chave, para que tenham tempo de se aculturar. “Uma empresa como a Logos vive em função de sua imagem no mercado. Temos que zelar permanentemente por isso”, comenta Cattapan.
Capacitação profissional
Uma gerenciadora é uma prestadora de serviços cujo negócio baseia-se fortemente na capacitação da sua mão-de-obra. Segundo Jair Roxo, diretor técnico da Logos Engenharia e também responsável pela gestão de pessoas, a empresa tem procurado, desde o início, buscar excelência nos seus processos de seleção, desenvolvimento e retenção de pessoal. Tradicionalmente, recruta formandos das boas escolas e oferece oportunidades de carreira a longo prazo. Os resultados podem ser medidos pela baixa rotatividade e a conseqüente média elevada de permanência dos profissionais na empresa. Em coerência com seu plano de sucessão corporativa, no início da década de 1980 a empresa buscou opções mais estruturadas de formação e educação continuada, porém o mercado brasileiro era totalmente carente quanto ao conteúdo específico para gerenciamento, visto que a atividade estava ainda se consolidando no País. A solução encontrada foi montar, com o apoio da Finep, um programa de capacitação no exterior, que se materializou pelo envio de 12 profissionais, em início de carreira, para universidades dos Estados Unidos e da Europa, para buscar mestrados em Construction Management, como esta especialidade era conhecida na época. Deste movimento resulta hoje a presença de quatro destes profissionais no corpo diretivo do grupo, além de manter o compromisso com a Finep de contribuir para a implementação de modalidades de educação continuada em gerenciamento no Brasil. O curso com esse conteúdo faz parte do programa GV-PEC, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Pioneiro no País, foi instituído em 1984 com o apoio da Logos e até hoje conta com profissionais da empresa entre os seus instrutores. Por outro lado, a empresa procura cultivar um ambiente de trabalho pouco hierarquizado, que privilegia a integração e o trabalho em grupo, convivendo com a grande mobilidade. Com a expansão recente – o contingente praticamente dobrou nos últimos dois anos – surgiram desafios inéditos e significativos: integrar, a curtíssimo prazo, profissionais que não foram formados na empresa. Dentre o conjunto de iniciativas desenvolvidas, destaca-se a solução de ensino presencial à distância, um sistema que a Logos implementou por intermédio de parceria com Universidade do Norte do Paraná (Unopar), em Londrina. Os cursos de capacitação em gerenciamento são ministrados, ao vivo, para inúmeras tele-salas distribuídas pelo País, em locações como Carajás, São Luís do Maranhão, Rio, Brasília, Vitória e demais núcleos onde se concentram esses profissionais. Com esse sistema, 450 profissionais foram capacitados em três programas no ano de 2006, em aulas presenciais com possibilidade de interação com o instrutor, via microfone e webcam ou chat via computador. A tecnologia utiliza satélite e kits de recepção simplificados, em uma escala de custos compatível com uma organização do porte da Logos. Combinando com as demais políticas e benefícios, a empresa vem inserindo programas de segurança, saúde, qualidade de vida e responsabilidade social, no sentido de atingir sua meta de estar posicionada como uma das melhores empresas brasileiras para se trabalhar.
Fonte: Estadão