Neoenergia comissiona complexo eólico e solar e negocia R$800 mi para expansão

O primeiro complexo de geração associada de energia renovável no Brasil foi inaugurado no sertão da Paraíba. O Complexo Renovável da Neoenergia integra a geração de energia eólica e solar de dois empreendimentos ao mesmo tempo: da Chafariz e Luzia, respectivamente. Os parques estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) pela subestação Santa Luzia II​ e a respectiva linha de transmissão. O investimento total soma cerca de R$ 3,5 bilhões.

A energia gerada pelo complexo é de 0,6GW, suficiente para abastecer 1,3 milhão de residências por ano. “Acreditamos que o caminho para um futuro mais econômico e sustentável aponta para a geração de energia por fontes renováveis integradas através de redes inteligentes”, afirma o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui. O executivo acrescenta que o empreendimento contou com financiamento de instituições nacionais e internacionais.

O complexo se estende por uma área arrendada de 8.700 hectares, em que somente 14% está ocupada, nos municípios de Santa Luiza, Areia de Baraúnas, São Jose de Sabugi e São Mamede, na Paraíba.  Formado por 15 parques eólicos e 136 aerogeradores, Chafariz atua com capacidade instalada de 471,2 MW, já em operação plena desde início de 2022. 

Já as duas plantas de Luzia, com 228 mil painéis e potência instalada de 149,2 MWp, marcam a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada. A energia gerada será destinada ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e ao Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Companhia negocia recursos com IFC para expansão

A Neoenergia Elektro está negociando um empréstimo de R$ 800 milhões com a International Finance Corporation (IFC), o braço financeiro do Banco Mundial, em Washington. Segundo a companhia em notícia no Estadão, os recursos serão usados para financiar parte do plano de investimento do grupo para o período 2023/2025, que inclui projetos de expansão, melhorias e automação da rede de distribuição. A Elektro atende mais de 220 cidades e é a 13ª maior distribuidora de energia do Brasil em termos de número de clientes. 

O empréstimo da IFC será por meio de uma operação com prazo de 8 anos, que leva em conta critérios verdes e de sustentabilidade. A operação ainda precisa ser aprovada pela diretoria da instituição, em reunião prevista para o começo de maio.

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