Votorantim e CPPI se associam na Floen para transição energética

Com o objetivo de investir em soluções para a transição energética, a Votorantim e o fundo de pensão canadense Canadian Pension Plan Investments (CPP Investments) criaram uma joint venture, a Floen. Os dois grupos já são controladoras da Auren, empresa de energia negociada na B3, que une a Votorantim Cimentos, banco BV, CBA, Nexa, Citrosuco, CCR, entre outros associadas. Agora a Votorantim e a CPPI resolveram lançar uma empresa que investirá em companhias dedicadas a projetos para a transição energética. 

A Floen, surgiu da combinação das palavras em inglês flow e energy (energia que flui), e será dirigida por Raphaella Gomes, executiva que já atuou como diretora de transição energética e investimentos na Raízen e CEO da Geo Biogás.

Na nova empresa, a Votorantim e CPP Investments terão 50% cada. O objetivo é investir em empresas com soluções provadas e que atuem em áreas como armazenamento de energia, eficiência energética, biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde, captura de carbono e crédito de carbono.

“Temos investimentos de US$ 67 bilhões em ativos green e de transição energética no mundo”, diz Ricardo Szlejf, head de infraestrutura e sustentabilidade do CPP Investments para a América Latina. “O objetivo é chegar a US$ 130 bilhões.” Até agora, o fundo canadense não fez nenhum investimento na área de transição energética na América Latina.

Com uma equipe pequena, de apenas oito pessoas, a Floen contará com a estrutura e o backoffice de Votorantim e CPP Investments. A equipe está atuando desde fevereiro deste ano e já criou um pequeno deal flow de 17 empresas. 

A executiva diz que, além dos investimentos, a Floen pode também criar empresas do zero. “O foco inicial é investir em coisas que já existem”, afirma Raphaella. “Mas se houver algum setor específico, vamos analisar se criar o projeto ‘greenfield’ faz sentido.”

A Floen vai atuar em um mercado de US$ 2,3 trilhões em 2021, de acordo com pesquisa da Allied Market Research. Em 2031, a estimativa é que o mercado de transição energética global atinja US$ 5,6 trilhões.

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