Novas fronteiras econômicas abrem oportunidades para médias empresas

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Embora o País esteja crescendo fora dos grandes polos econômicos, como Rio de Janeiro e São Paulo, a pulverização das diversas atividades dificulta um retrato mais concreto sobre esse fenômeno. No entanto, para uma consultoria que atua nesse campo e identifica oportunidades para investidores nacionais e estrangeiros, a B2L, os maiores negócios, principalmente para médias empresas, estão nos setores agropecuário e infraestrutura.

“Temos muitas atividades pelo país afora. Por exemplo, em Rondonópolis (MT), existe um enorme poder no agronegócio que permite o desenvolvimento de empresas que atuam em diversos segmentos, desde concessionárias de tratores até fertilizantes. Já no Recife (PE), no porto de Suape são esperados R$ 20 bilhões de investimentos e empresas de logística podem conquistar seu espaço. O Piauí explora muito bem a energia eólica e tem o incrível ciclo agrário por conta do Mapito (nova região de desenvolvimento integrada pelo Maranhão, Piauí e Tocantins). Redes de varejo entre 40 e 120 lojas são fortes no interior de Goiás”, relaciona Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L.

De acordo com o analista, o fenômeno de crescimento do interior avança muito no Nordeste. “Isso torna as empresas destas regiões visíveis e alvo de produtos financeiros a que antes não tinham acesso. E mais: entram no radar dos fundos de investimentos”, avalia. O perfil dessas organizações que crescem no interior é familiar, de acordo com a consultoria.

No setor de infraestrutura, a B2L vê oportunidades nas grandes construções que envolvem desde o pré-sal até pontes, viadutos, saneamento, rodovias, ferrovias e energia. “Temos necessidade de praticamente tudo que nos permita ser mais produtivos. O alvo principal é a redução do custo Brasil. E os negócios para as médias empresas estão exatamente na estratégia de atuar na terceirização destes projetos. Os consórcios ganham as licitações e criam centenas de oportunidades para esse tipo de organização”, avalia.

As médias empresas são responsáveis atualmente pela maior parte dos novos postos de trabalho do País. Rodrigo Bertozzi afirma, no entanto, que o principal desafio delas é a alta carga tributária. (Augusto Diniz) 

Fonte: Revista O Empreiteiro


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