O ingresso vigoroso das empresas estrangeiras

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Jaime Rotstein*

A engenharia brasileira se defronta com um novo desafio, independente do emprego de modernas tecnologias. E isso se dá, como sempre, no setor de consultoria, bem mais frágil do que os outros setores da engenharia. As empresas estrangeiras estão penetrando vigorosamente no setor, adquirindo total ou parcialmente consultoras brasileiras.

Ao contrário da filosofia utilizada antes do Decreto Lei-64.345 de 10 de abril de 1960, que proporcionava proteção à engenharia brasileira, agora sob o nome das empresas adquiridas no Brasil, torna-se mais difícil identificar as empresas estrangeiras. Parece legítimo considerar que para referir-se a empresas brasileiras seria preciso saber em que mãos elas se encontram.

O desenvolvimento da engenharia brasileira deve ocorrer preferencialmente nas áreas de informática, elétrica, mecânica e construção em geral.

Para a construção dos estádios de futebol, aparentemente a importação de soluções técnicas estrangeiras foram apenas àquelas referentes às coberturas. Ao menos no Maracanã, projetado e gerenciado por firma brasileira, foi o que ocorreu.

A quarta indagação (sobre catástrofes naturais) nos parece complexa, pois as catástrofes, por serem previsíveis, exigem um planejamento estratégico para o seu controle. Os problemas que se tem verificado não são, em geral, de engenharia. O poder público é que tem de estar presente.

*Jaime Rotstein, presidente da Sondotécnica Engenharia de Solos

Fonte: Revista O Empreiteiro


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