Projetos ganham precisão, produtividade e segurança

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Durante o “I Workshop de gestão eficaz impacta nos custos e prazos de projetos e obras”, Carlos Galeano, engenheiro de aplicação da Bentley, apresentou caso da JM Souto Engenharia e Consultoria. No trabalho, foram estudadas três alternativas para o traçado de uma via de aproximadamente 1.750 km, com 87,5 mil seções, em Minas Gerais, utilizando soluções diversas de desenhos e coordenadas até de gestão de documento técnico e colaboração.
 

O projeto exigia a locação da pista conforme traçado, exposição do comprimento de pontes sobre os rios, túneis e viadutos, além de desenhos, relatórios e quantitativos. A questão é que tudo isso deveria ser feito cruzando cidades densamente povoadas e com muitas obras de arte. No fim, das três alternativas apresentadas, gerou-se uma quarta aproveitando-se partes das três opções sugeridas. A solução permitiu ganho de produtividade substancial. O uso de recursos de projeto baseados em softwares foi fundamental na exposição de variáveis de forma rápida e precisa de um projeto de infraestrutura crítico.

Já a mobilidade no canteiro de obras foi tema da palestra de Luiz Carlos Mesquita Scheid, mestre em Engenharia de Produções e sócio-diretor da Teclógica, empresa parceira da Mega Sistemas no desenvolvimento de soluções na área.

Segundo o executivo, a mobilidade no canteiro tem enorme capacidade de organização de trabalho, correção de desempenhos, redução de retrabalhos, otimização de equipes, previsão futura de atividades, realização de ações de conscientização e sensibilização, e aperfeiçoamento do método construtivo, atualização de orçamentos e melhoria do processo de gestão.

Scheid destacou quanto a mobilidade pode contribuir para itens, como segurança no trabalho. “A ferramenta permite controle de entrega e devolução de EPI (Equipamento de Proteção Individual) a partir de coleta de assinaturas eletrônicas”, exemplifica. O acompanhamento segue na comprovação de comparecimento a reuniões de segurança matinais dos operários.

Adelmo Couto, representante no Brasil da Transoft Solutions, explanou no workshop sobre os recursos para desenhar, analisar e avaliar projetos, envolvendo acessos, tolerância de espaço e “manobrabilidade” de veículos em vias, intersecções, rotatórias, áreas de carga e descarga e terminais, seguindo diretrizes internacionais.

“Simulações animadas em tempo real eliminam o trabalho de suposição e, de imediato, permitem a visão da rota que o veículo percorre, fornecendo, assim, uma ferramenta de apresentação efetiva”, analisa. Adelmo Couto apresentou ainda obras viárias na cidade do Panamá, de mina em Nova Lima (MG) e complexo viário em São Paulo, para mostrar a eficiência de soluções desse tipo.

Por fim, Bruno Oliveira, executivo de produtos da Brasoft, mostrou aplicação prática do BIM no projeto Parque Tropical, na Bahia, da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Na ocasião, citou que os avanços da tecnologia estão levando à padronização dos componentes construtivos das edificações. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo, realiza trabalhos de elaboração de uma norma específica para BIM de componentes. “Não dá mais para falar de BIM como inovação. Já é realidade”, destaca.

Ele lembrou que no exterior o BIM é uma exigência da GSA (agência de gestão dos departamentos do governo dos Estados Unidos), e o governo do Reino Unido exigirá o uso de BIM em todos os projetos públicos a partir de 2016, para gerar uma economia estimada de 20% nas obras públicas.

Ao fim das apresentações e debates do segundo e último dia do encontro, Joseph Young, diretor editorial da revista O Empreiteiro, fez o encerramento oficial, agradecendo palestrantes e público. “Acredito que foi um belíssimo workshop, porque as contribuições importantes vieram da vivência pessoal dos palestrantes, isto é, cases de obras”, destacou.

A segunda edição do workshop da revista O Empreiteiro acontece no ano que vem. Agende-se.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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