Recuo das importações vai custar R$ 26 mi por semana.

O recuo com relação às importações de gás da Bolívia vai custar ao consumidor brasileiro de energia R$ 26 milhões por semana.

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A conta é da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), que considera o maior custo de geração das três térmicas que serão acionadas pelo Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), em relação ao valor da energia hidrelétrica, abundante neste momento.

“Estamos pagando para sustentar a Bolívia neste período de eleição”, reclamou o presidente executivo da Abrace, Ricardo Lima. Ele se refere ao referendo sobre a nova Constituição Política de Estado da Bolívia, marcado para o dia 25.

Esta semana, o ministro do planejamento da Bolívia, Carlos Villegas, concedeu entrevista comemorando a decisão brasileira de ligar as térmicas, garantindo uma encomenda extra de 3,5 milhões de metros cúbicos por dia.

O Brasil havia reduzido as importações de 31 milhões para 19 milhões de metros cúbicos por dia, por conta de decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para desligar todas as térmicas que vinham operando apenas para garantir a segurança energética.

Segundo avaliação do ONS, o Brasil já tinha água suficiente em suas hidrelétricas para garantir energia para os próximos dois anos.

Na sexta-feira, porém, após reunião com representantes do governo boliviano, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que o País voltaria a importar 24 milhões de metros cúbicos por dia. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, alega que precisou ligar três térmicas para garantir a estabilidade na rede de transmissão no Sul e em São Paulo.

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“O ONS fez um grande esforço para justificar a ajuda à Bolívia”, criticou Lima, fazendo coro a analistas que consideram a decisão política.
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O gasto extra será incluído nos Encargos de Serviços do Sistema, custo dividido entre os consumidores, de acordo com o volume de energia consumido. O pagamento às térmicas será repassado aos clientes das distribuidoras no próximo reajuste tarifário.

Fonte: Estadão

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