A recuperação estrutural de pavimento da Ayrton Senna, entre os km 11 (São Paulo) e km 46 (trevo de Mogi das Cruzes), está sendo feita, pela primeira vez em rodovias, com a utilização da técnica de espuma de asfalto reciclada em usina a frio.
“Sem dúvida essa obra será o divisor de águas nas obras rodoviárias do Brasil, vencendo a inércia e superando a resistência da utilização da espuma de asfalto em obras de grande volume de tráfego”, explica Valmir Bonfim, diretor técnico da Fremix, empreiteira responsável pela obra. Ele conta que o trecho experimental, executado há aproximadamente 11 meses, continua íntegro.
“A técnica da reciclagem em usina apresenta vantagens, como a análise do pavimento remanescente, possibilitando uma fresagem mais profunda, as medidas de deflexão e a execução do reforço do subleito. Nesta obra, por exemplo, estão sendo executadas intervenções localizadas, como camada de rachão e reforço na drenagem, visando prolongar ainda mais a vida útil do pavimento”, detalha Valmir. O diretor explica que durante a obra, que deve terminar este mês (novembro), tem como premissa a retirada total das camadas de revestimento e da camada cimentada, pois ambas estão deterioradas.
Oito equipamentos no Grupo Wirtgen estão trabalhando na obra. A britagem do material fresado (RAP) está sendo realizada com o britador Klemann EVO 110. A fresagem do pavimento está sendo realizada por duas fresadoras de grande porte da Wirtgen nos modelos W1900 e W200. Já a reciclagem do material retirado da via está sendo feita por uma recicladora móvel Wirtgen KMA 220. A distribuição das camadas de asfalto reciclado (RAP) espumado e da mistura Gap Graded é realizada com auxílio de uma vibroacabadora Vögele 1800 Spray Jet. Há ainda a participação de três rolos Hamm: o modelo 3414 trabalha na compactação das camadas de RAP espumado e dois rolos nos modelos HD-90 atuam na aplicação da camada.
Fonte: Padrão