A construção de um parque eólico é um desafio de engenharia para as empresas. Em muitos casos os locais são de difícil acesso, com alguns empreendimentos apresentando mais de 30 km de estradas conectando todos os aerogeradores.
Em paralelo, para atender a demanda global, fabricantes estão construindo nacelles e turbinas cada vez maiores. A Vestas e Tecsis, por exemplo, que antes tinham torres de 75 m de altura e eram equipadas com turbinas de 0,9 MW de potência, trabalham agora com torres de até 120 m de altura e turbinas com potência de 3 MW. Para transportar esses equipamentos, são utilizados veículos grandes e caros, possuindo extensão de mais de 30 m.
Saber como eles vão chegar ao seu destino é um grande impasse. No Brasil, os locais onde são construídos os parques eólicos são bastante remotos e as estradas enfrentam problemas de manutenção, principalmente no Nordeste.
Variáveis como curvas apertadas, com raios muito pequenos, mudanças de altitude e estradas estreitas são aspectos que exigem transporte especial muito bem planejado.
Fernando Cesar de Oliveira Furtado, diretor executivo da empresa de consultoria Próxima Engenharia, afirma que a empresa teve que buscar na tecnologia a solução para a questão do transporte dos equipamentos para os sítios que projeta.
Assim, ela optou por utilizar um sistema de software, o AutoTURN, desenvolvido pela Transoft Solutions, que permite aos engenheiros avaliar com mais precisão as situações do veículo quanto à rota e à carga transportada ao sítio.
O AutoTURN possui configurações de veículos que permitem a criação e a simulação essenciais para a realização de manobras com precisão e sem riscos e falhas.
“Nossas estradas não têm largura de faixa de rolamento suficiente e nossos trevos muitas vezes não são projetados para grandes combinações. Essas combinações precisam de permissão especial para viajar e também de carros de escolta para facilitar o tráfego eficiente em toda a trajetória. Assim, contamos com o auxílio do AutoTURN a fim de facilitar a realização desses projetos”, conta Fernando Cesar de Oliveira Furtado.
O planejamento de rotas é há anos estudado pela Transoft, com o registro de veículos-padrão adotados e a avaliação em diversos terrenos críticos do transporte de equipamentos pesados.
Fonte: Revista O Empreiteiro
