Desempenho atual coincidecom ciclo de mudanças
O desempenho registrado no ano passado pela CNEC WorleyParsons coincide, em linhas gerais, com um ciclo de mudanças pelo qual ela passa desde o início de 2010. O ponto de partida dessas transformações foi a aquisição da CNEC Engenharia, na época uma empresa do Grupo Camargo Corrêa, pelo grupo australiano WorleyParsons, o que ocorreu há dois anos e meio.
Em 2012, a CNEC WorleyParsons registrou uma receita bruta no Brasil de R$ 486, 6 milhões. O resultado do bom desempenho de todas as suas áreas de atuação garantiu um crescimento de 60% na receita, comparado ao resultado de 2011. Foi, segundo a empresa, o maior salto entre as 70 primeiras empresas listadas no Ranking Geral Projetos & Consultoria.
Esse crescimento ocorreu por conta da captação de contratos como o que foi fechado com a Norte Energia para a implantação e gerenciamento de programas socioambientais da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (Pará). O projeto é apontado como o maior na área de infraestrutura e meio ambiente já conquistado pela WorleyParsons em todo o mundo.
No ano passado, como resultado da etapa final do processo de integração ao grupo WorleyParsons, a operação no Brasil passou por uma reorganização que teve dois efeitos imediatos, segundo o CEO da operação no Brasil, John Fowlie.
Primeiro, aquele processo permitiu que a empresa alinhasse sua estrutura de organização ao padrão global WorleyParsons, “facilitando sinergias e troca de expertise globalmente”. O passo seguinte foi colocar em prática um plano estratégico para fortalecer áreas de atuação em que a empresa avaliava ter espaço para avançar.
“Hoje, estamos totalmente integrados ao Grupo WorleyParsons, usando todas as ferramentas, processos e padrão de qualidade em engenharia, que é reconhecida em todo o mundo. A integração também nos garante, por exemplo, uma rede mundial de especialistas que pode ser integrada a qualquer projeto no Brasil. É isso o que já acontece em nossos principais projetos”, diz Fowlie.
Ele cita como exemplo um contrato EPC em que a empresa atua, em workshare com a WorleyParsons China, para a implantação de um complexo acrílico da Basf em Camaçari, na Bahia. O projeto executivo está concluído e, agora, a obra se encontra em fase de construção.
John Fowlie afirma que a operação no Brasil pode recorrer a quase 40 mil colaboradores que atuam em 165 escritórios em 43 países.No País, a empresa opera por meio de três escritórios principais, em Belo Horizonte, hub office para mineração e metais; Rio de Janeiro, que concentra contratos no segmento de hidrocarbonetos, e São Paulo, que atua em todas as frentes de negócio, o que inclui também infraestrutura e meio ambiente e energia.
Contribuição à retomada das obrasdo Metrô de Salvador (BA)
A ATP Engenharia, com matriz no Recife (PE) e atividades espalhadas pelo Brasil e pela África, concentra o foco sobretudo na elaboração e desenvolvimento de projetos no setor de infraestrutura de transporte, em sua relação direta com o planejamento urbano.
Fundada em 1991, a ATP hoje oferece serviços em seis campos: elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, de planos diretores e programas de desenvolvimento; gerenciamento, que inclui implantação de obras, montagem industrial e monitoramento; projetos, básicos e executivos, de concessão rodoviária e de concessão viária urbana; de controle de qualidade; supervisão; e fiscalização.
Entre os projetos de que a empresa participa, está o de retomada das obras e expansão do Metrô de Salvador (BA), ainda este ano. A ATP responde pelo projeto básico de engenharia para o Sistema de Transporte Metropolitano de atendimento ao Aeroporto Dep. Luis Eduardo Magalhães e a ligação entre Salvador e o município de Lauro de Freitas através de solução metroviária, num total de 24 km. A ATP também contribui com outro projeto importante de mobilidade na capital, recentemente lançado: de duplicação da Avenida Orlando Gomes e futura execução de um corredor de ônibus (BRT) com extensão de 3,5 km. A empresa elaborou o projeto básico dessa intervenção urbana.
Esses dois projetos de transporte, metroviário e viário, exigiram o emprego de diversas disciplinas da engenharia e a entrega de uma série de produtos, como projeto funcional; estudo de traçado; e projeto geométrico, de terraplenagem, básico de drenagem, básico de integração com urbanização do entorno, dos acessos, básico de obras de arte especiais metroviária e rodoviária.
A ATP se posiciona como colaboradora e incentivadora da criação da infraestrutura tão necessária para elevar a competitividade e a produtividade do País.
Uma projetista com DNA de ferro
Fundada em 1984 e com sede em Belo Horizonte, a ECM S.A. Projetos Industriais tem se destacado com o desenvolvimento de projetos industriais multidisciplinares com ênfase no segmento mínero–metalúrgico. Dona da expertise do tratamento de minério de ferro, está envolvida diretamente com expressivos projetos no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, como: Projeto ITMS, Projeto Itabiritos de Conceição, Projeto Itabiritos de Mariana, Projeto Brucutu, Projeto Adequação de Cauê, Projeto Adequação de Conceição, todos para a Vale; Projeto P4P e Projeto P3P, para a Samarco; e Projeto Serra Azul e Projeto Pau de Vinho, para a MMX.
Entre os objetivos da empresa, está o de fornecer soluções customizadas de engenharia para transformar ativos minerais em operações competitivas e otimizar e expandir operações industriais mínero-metalúrgicas, conforme as necessidades de seus clientes. A ECM é tecnicamente qualificada para elaboração de projetos multidisciplinares nas áreas de plantas de beneficiamento e concentração de minérios; plantas de pelotização; siderurgia; metalurgia de não ferrosos; obras civis industriais; desenvolvimento de processos minerais; engenharia conceitual e estudos econômicos; engenharia básica e detalhada; start-up, ajustes e otimiza
ções de instalações novas e existentes; operação de plantas; desenvolvimento de fluxogramas de processo; operações de manuseio, transporte, estocagem, homogeneização e recuperação de sólidos a granel, em polpa e em meio gasoso, entre outros serviços.
Um dos projetos que tem participação decisiva da ECM é o de “Adequação da Usina de Conceição ao ROM de 2014”, para a Vale. Inclui o reposicionamento de instalações industriais para ampliação da lavra e adequação do processo à nova realidade do minério. A usina terá capacidade de produção de 19,4 MTPA e permitirá a manutenção das operações por pelo menos mais 20 anos. O projeto foi desenvolvido na ECM com o apoio da tecnologia 3D.
Gerenciando o ciclo de vida dos projetos
A Guimar Engenharia, fundada em 1990 e com sede no Rio de Janeiro (RJ), vem gerenciando grandes empreendimentos implantados no Brasil e na América do Sul, valendo-se de todas as disciplinas da engenharia consultiva. Ao longo dos anos, acumulou expertise para desenvolver os serviços de engenharia e de gerenciamento inerentes à implantação de empreendimentos, abrangendo todo o ciclo de vida do projeto, desde a concepção do negócio até a sua operação comercial.
A Guimar atua no que chama de três macroprocessos: gerenciamento de empreendimentos, engenharia de projetos e construção de edificações. O foco principal se concentra nas áreas industrial (alimentos e bebidas, metalurgia, mineração, óleo e gás, papel, celulose e madeira, química e petroquímica e siderurgia), de infraestrutura (energia, saneamento, telecomunicações e transportes) e de edificações (comerciais e industriais). Entre os produtos e serviços que a Guimar se credencia a oferecer, está a gerência de empreendimento, nos mais variados níveis e estágios (gerenciamento global integrado, pré-planejamento de empreendimentos, gerenciamento de engenharia, de suprimentos, de construção e montagem, do comissionamento). Esse trabalho pode estar associado a uma série de serviços complementares, que inclui, por exemplo, estudos de viabilidade e assessoria em “project finance”.
Toda a capacidade de bem gerir da Guimar foi testada no Projeto Usina de Pelotização VIII, da Vale, que expande o Complexo Industrial de Tubarão, localizado nos municípios de Vitória e Serra (ES). A Guimar foi contratada para o gerenciamento da implantação da nova usina, para assegurar o atendimento aos requisitos de qualidade, prazo e custos. Entre as principais atribuições contratuais assumidas pela Guimar, estavam o planejamento e controle do empreendimento; gerenciamento da construção, abrangendo as obras civis e montagem eletromecânica; administração de contratos e medição; administração de materiais; arquivo técnico; gestão da qualidade, gestão da segurança do trabalho e meio ambiente. A nova usina pelotizadora tem capacidade de produzir 7 milhões de t/ano.
Expertise em projetosde instalações industriais
A KTY Engenharia é uma empresa especializada em serviços nas áreas de gerenciamento e elaboração de projetos de engenharia de instalações industriais. Atualmente, a empresa, fundada em 1986 e com sede central em São Paulo, dispõe de equipe com mais de 450 profissionais, capacitados a atuar em projetos de elevada complexidade, em plantas dos setores petroquímico (responsável pela maior fatia do faturamento da KTY, com quase 40% de participação), papel e celulose, químico, óleo e gás, meio ambiente, siderurgia, termoelétrica, agroindústria, mineração e fertilizantes.
Entre os grandes clientes que apresenta na carteira, destaca-se a Petrobras. Para a gigante brasileira da área petroquímica, a KTY assina projetos de ampliação das instalações industriais da Regap (Refinaria Gabriel Passos, em Ibirité, MG) e da Replan (Refinaria de Paulínia, em Paulínia, SP). Na Regap, a KTY utilizou a engenharia de detalhamento nas disciplinas de mecânica, civil, tubulação, instrumentação, elétrica e processo para a construção da unidade de hidrodessulfurização de nafta craqueada (HDS), unidade de geração de hidrogênio (UGH), interligações das unidades com a subestação PT-215, sala de controle CCL-16, detalhamento para ampliação da torre de resfriamento e interligações. Na Replan, o detalhamento objetivou a construção nas unidades de hidrodessulfurização de nafta craqueada HDS I, HDS II e subestação para a carteira de gasolina da refinaria. O projeto na Regap consumiu 490 mil horas de trabalho e o na Replan, 320 mil horas.
Com o impulso à indústria petroquímica no País, dadas as descobertas de novos campos de petróleo e exploração da camada do pré-sal, a KTY tem muito espaço para crescer junto com o Brasil.
Com especialização em gestão integrada
A Reta Engenharia trabalha com consultoria e engenharia especializada em viabilidade e gestão executiva para projetos industriais e comerciais. Para isso, utiliza, na execução dos trabalhos, conceitos e técnicas recomendados pelo “PMI – Project Management Institute”.
Sediada em Belo Horizonte (MG) e com cerca de 20 anos de atividades e obras nos setores de mineração, siderurgia, cimento e argamassa, metalurgia, petroquímico, energia, papel e celulose e alimentos e bebidas, participou dos principais projetos implementados no Brasil.
Entre os serviços prestados pela empresa, estão elaboração de projetos para plantas industriais e obras prediais, gestão de projetos, estudos técnicos e de custos para viabilidade de empreendimentos, planejamento dinâmico de obras, controle de desempenho de empreendimentos e gestão executiva integrada de obras.
Participação importante a Reta Engenharia tem, por exemplo, na gestão do sistema de planejamento dinâmico e na gestão executiva das obras civis industriais do Novo Concentrador III e Estação de Bombeamento EB-VI na mina Germano, em Mariana (MG), e na Estação de Bombeamento EB-VII do projeto 4ª Pelotização, da Samarco Mineração, em Matipó (MG).
O projeto envolveu a movimentação de 4,7 m
ilhões de m³ de terra na terraplenagem e 354 mil m³ na escavação e no reaterro, emprego de 95 mil m³ de concreto, 172 mil m2 de formas e armação com 13 mil t, entre outros itens.
A chegada ao topo da engenharia consultiva
A Engevix Engenharia S.A. foi fundada em março de 1965 para elaborar estudos e projetos de engenharia. Adquirida em junho de 1997 por seus atuais sócios, é a maior empresa de engenharia consultiva do Brasil, com faturamento registrado em 2012 de R$ 1,3 bilhão. No campo da engenharia consultiva, elabora estudos e projetos de engenharia e gerencia empreendimentos; e, no setor da construção, realiza a integração de empreendimentos, atuando na modalidade de empreitadas integrais (EPC na sigla em inglês).
Ao longo desses quase 50 anos de atividades, participou de importantes trabalhos de infraestrutura no Brasil e no exterior. Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; produção, transporte e refino de óleo e gás; transporte de cargas e passageiros em seus diferentes modais – marítimo, fluvial, aéreo e terrestre; saneamento básico e gestão ambiental; indústrias de base em suas diferentes faces – mineração, metalurgia, siderurgia, papel e celulose, química, petroquímica, farmacêutica e automobilística.
Hoje se internacionalizou e participa de projetos em países como Angola e Moçambique, na África; Argentina e Uruguai, na América do Sul; e Nicarágua e Panamá, na América Central.
No ano de 2012, a Engevix se destacou, entre os muitos projetos em que esteve envolvida, com a ampliação do Estaleiro Rio Grande (RS). A implantação do Estaleiro Rio Grande 2 é fundamental para dotar o Polo Naval do Rio Grande com uma fábrica de painéis, blocos e cabines de acabamento. Este empreendimento será responsável por abrigar uma carreira para produção de navios-sonda, uma fábrica de blocos curvos e um cais de atracação, com conclusão prevista para 2014. Outra conquista relevante da Engevix em 2012, por meio da Infravix, foi a vitória no leilão de concessão dos aeroportos internacionais Juscelino Kubitschek, em Brasília, e São Gonçalo do Amarante (RN). Em parceria com a argentina Corporación América, a empresa trabalha na criação da infraestrutura e expansão das instalações dos dois sítios aeroportuários.
Fonte: Revista O Empreiteiro