A Petrobras também já aprovou um conjunto de projetos que deverão receber recursos
da ordem de R$ 462 bilhões, para o período pós 2014. Todos os investimentos previstos
estão incluídos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2)
A Petrobras divulgou no final de março último que, de acordo com a revisão do Plano de Negócios 2010 – 2014, foi definida a atualização da sua carteira de projetos para o período 2011 – 2014, envolvendo investimentos de até R$ 250 bilhões, volume de recursos que já está incluído no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
Além disso, para o período pós 2014, foi aprovado um conjunto de projetos que totalizam investimentos de aproximadamente R$ 462 bilhões, também incluídos no PAC-2. Esses projetos foram avaliados com base em visão preliminar, dado o grau de conhecimento atual, e alinhados à Visão 2020 do Plano Estratégico da companhia. Parte dos investimentos pós 2014 representam a continuidade de projetos já existentes na carteira de 2010 – 2014, que possuem prazo de maturação superior aos cinco anos do Plano de Negócios, com destaque para os projetos de exploração e produção.
Na área de Exploração e Produção (E&P), segundo a empresa, os investimentos têm como objetivo aumentar a produção de petróleo e gás natural, aproveitando o sucesso exploratório alcançado no pós e pré-sal e incluindo o aumento das atividades exploratórias, essencial para a sustentabilidade da companhia. A carteira de projetos do E&P compreende a construção de plataformas de produção e perfuração, navios de apoio e investimentos em infraestrutura para escoamento da produção.
No Refino, Transporte, Comercialização (RTC) e Petroquímica, a Petrobras informa que os investimentos serão realizados para aumentar a produção de derivados para atender à crescente demanda do mercado doméstico, agregando valor ao óleo produzido, aumentando as margens da empresa e permitindo a exportação de derivados e petroquímicos. Também serão realizados investimentos para melhorar a qualidade dos derivados, atendendo aos padrões internacionais e ambientais mais rigorosos.
Para a área de Gás & Energia, a empresa busca a diversificação e a flexibilização das fontes de suprimento de gás natural, para o aproveitamento do gás associado produzido no pré-sal. Na área de fertilizantes, o direcionamento dos investimentos será no sentido de aumentar a escala de produção dos fertilizantes, garantindo demanda adicional para o gás natural, visando à ampliação dos ganhos da companhia com a produção de gás, frente ao grande potencial agrícola brasileiro com demandas crescentes por fertilizantes.
Etanol e biodiesel
O plano também prevê investimentos em novas plantas de etanol e biodiesel e infraestrutura para escoamento da produção de etanol. Com isso, a estatal pretende participar da cadeia produtiva do etanol e do biodiesel, consolidando o mercado interno de biodiesel com alternativas competitivas em relação à soja, priorizando matérias-primas da agricultura familiar de forma sustentável e desenvolvendo mercados internacionais de forma seletiva.
Os investimentos a serem realizados estão alinhados ao Plano Estratégico da Petrobras, que prevê crescimento integrado, com rentabilidade e responsabilidade social e ambiental. Deverão também atender a uma análise de financiabilidade que limite o indicador Dívida Líquida/EBITDA em 2,5 e o grau de alavancagem líquida inferior a 35%, com geração de valor para o acionista.
2011-14
|
pós 2014
|
Total
|
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Exploração e produção
|
153,6
|
401 |
554,6
|
Refino, transporte e
|
79,0
|
58
|
137,0
|
Gás natural e fertilizantes
|
17,0
|
3
|
20,0
|
Biocombustivel
|
0,216
|
–
|
0,216
|
Total
|
249,8 |
462
|
711,8
|
Em Reais bilhões
Petrobras e Galp formam parceria para
a produção de biodiesel em Portugal
A Petrobras e a Galp Energia fecharam acordo de parceria para a constituição de empresas que implantarão projeto de produção de biodiesel (green-diesel) em Portugal.
A produção, prevista para 2015, será da ordem de 250 mil t/ano, com investimentos estimados em US$ 240 milhões. O biodiesel será destinado ao mercado europeu, com prioridade para o mercado ibérico.
A estratégia de suprimento da unidade de biodiesel em Portugal prevê a implantação de um pólo agroindustrial no Brasil para cultivo da palma (dendê), com produção de cerca de 300 mil t/ano de óleo de palma no estado do Pará e investimentos estimados em US$ 290 milhões, com desembolsos entre 2010 a 2018.
O investimento total estimado para o projeto é da ordem de US$ 530 milhões a ser realizado em partes iguais pelas empresas. Tal investimento, além de atender aos critérios de rentabilidade das companhias, fortalece a posição da Petrobras como produtora de biocombustível e permite sua presença estratégica no mercado de combustível europeu.
Fonte: Estadão